Posted by Cacá | Posted on 14:34 | Posted in
Em outros tópicos discuti como muitas vezes uma noite de balada pode abrilhantar sua vida, mesmo que seja por um pequeno instante. Outras, parece que nada vai preencher o vazio dentro de nossos corações.
A vontade de encontrar o par perfeito, aquela pessoa que faz você mudar todo o seu ritmo e viver momentos mágicos, coisas que só são possíveis com um parceiro. Não dá pra saber se ele vai estar na esquina, no restaurante, na balada, entretanto, tem horas que ele está tão longe que parece que não vai aparecer.
Nessas horas que bate o desespero, dá vontade de chorar, de se questionar, de procurar entender, mas parece não haver uma lógica nisso tudo. Certo dia, eu estava numa pizzaria com mais três amigos, todos solteiros, e começamos a contar nossas frustrações amorosas e falta de perspectiva.
Marcos ficou tão decepcionado com o término de seu namoro de dois anos que resolveu buscar outros caminhos, de homossexual passivo, passou a ter uma relação heterossexual que gerou frutos, engravidou uma menina e agora está com um filho recém nascido.
Arthur não consegue apagar o fantasma do ex, com quem conviveu mais de quatro anos, abdicando de toda sua liberdade pelo seu relacionamento. Hoje, as pessoas com quem se envolve parece não preencher o vazio do seu interior e o medo da dor não o deixa prosperar.
Eu e Daniel temos uma história parecida, nossas tentativas de encontrar o par ideal frustram-se sempre. Daniel tenta abraçar toda nova opção como se fosse a última e definitiva, e acaba não enxergando, as vezes, a verdadeira intenção de com quem está se envolvendo. Eu sempre tive um receio em me aproximar, então tenho um escudo invisível que me barra logo de início, depois de muito sonhar, sem concretizar o que almejo acabo procurando me envolver para suprir uma carência; e acabamos do mesmo jeito: SE FUDENDO!
Lendo o livro que ganhei de natal da minha irmã (“Carta entre amigos”, do Pe. Fábio de Mello e Gabriel Chalita), eles discutem esse problema do relacionamento contemporâneo e achei tão sugestivo seus indicativos, dizendo que assim como geramos uma sociedade voltada ao consumo, a busca pelo novo e efêmero, acaba muitas vezes migrando para as relações e por isso elas se tornam cada vez menos longas e mais voláteis.
Talvez seja apenas uma fase, um aprendizado, ou uma tentativa para construir um pensamento diferente, mas como nos diz os sábios conselhos do Orkut: “Tentar e errar, mas não desistir de tentar”.
Comments (0)
Postar um comentário