"Para quem não tem vergonha de ser o que é, e nem de contar o que faz" Caio Calil

SEM CAMISINHA NÃO!

Posted by Cacá | Posted on 22:37 | Posted in

O pensamento machista de que quando se faz sexo anal, já que não se corre o risco de engravidar, é dispensável o uso do preservativo, é um grande engano! Pode não se correr o risco de contrair uma gravidez, mas corre riscos muitos maiores e mais graves.

Confesso que sempre tive atração em ver filmes pornôs em que a prática de bareback (sexo sem preservativos) é realizada, como também não sinto diferença no sexo com ou sem camisinha. Pelo menos pra mim não.

E a confiança prematura em um relacionamento recém iniciado me fez abrir os olhos para um risco que não é visível e às vezes ignorado pelo prazer. Usamos preservativos apenas na primeira relação sexual, sendo as próximas realizadas sem muita razão. Como estávamos nos encontrando com freqüência e tinha tudo para se tornar um namoro mais sério, fechamos nossos olhos e nos arriscamos. Com o tempo vimos que era apenas um pensamento em comum, e que na realidade estávamos muito distantes tanto físico quanto emocionalmente, então paramos de nos ver.

O que adquiri com tudo isso, depois com o passar dos meses, foram boas recordações e uma doença sexualmente transmissível. Não tenho como comprovar que adquiri isso dele, mas havia sido meu último parceiro e somente, depois de então, que percebi tal fato.

Eu estava com condiloma no ânus (verrugas). Depois de ter percebido isso, precisava buscar uma cura, o que fazer? Procurar um médico parecia  a melhor solução, mas e a falta de coragem para enfrentar essa situação. Agendei a primeira consulta, porém acabei não comparecendo, por vergonha. Depois quando foram aparecendo outras oportunidades para relação sexual tive que dar um basta nisso.

Re-agendei a consulta e passei óleo de peroba na cara. Por sorte o médico era uma pessoa muito bondosa, eu já havia passado por ele antes, e quando entrei na sala ele me perguntou o que eu estava querendo e se era para fazer exames de rotina como antes, eu respondi que sim e fiquei aguardando, quando ele estava dando por encerrado a consulta, arrumei coragem para fazer o que realmente tinha ido fazer lá. Disse que ia ver algo da especialidade dele (proctologista), ele perguntou o que era e eu falei que tinha notado algo estranho no ânus.

Ele perguntou se era caroços, dando a passar por hemorróidas, eu falei que sim e então ele me levou até a maca para examinar, quando ele viu, disse que parecia ser condilomas que se adquire através do contato sexual e perguntou sutilmente se eu tinha “namorada ou namorado”. Parei por um instante e respondi que me relacionava com homens.

Entendendo o recado ele sugeriu um tratamento e me aconselhou que usasse sempre preservativo, para não correr mais riscos. Quando eu achava que a humilhação tinha acabado, ainda tive que ir até a farmácia pedir para manipular o remédio. Entrei na farmácia, de óculos de sol e entreguei a receita, a farmacêutica endireitou sua postura e ficou mirando o computador em sua frente, em silêncio. O problema era que não vinha especificado a quantia, apenas dizia pequena dosagem.

Então ela teve que me perguntar quanto eu ia precisar, depois de sugerir uma quantia, eu pedi um pouco menos. Ficaria pronto no outro dia, mais uma vez eu teria que voltar lá e dar mais uma vez a cara à tapa. Retornei então buscando o farmáculo, dessa vez com mais gente na drogaria. Peguei o remédio, paguei e sai sem pestanejar.

Só pela vergonha e humilhação que a gente passa, sempre que tenho novas relações exijo o uso de preservativo. Por sorte não foi nada mais grave, mas isso é uma certeza que nunca vamos ter, então é melhor não se arriscar.

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